A verdade tem medo
É um sistema falido de órgãos, mentiras e profecias
Esse desse cupido travestido que gente sente
Se tivesse fórmula de um amor bonito,
De um passo aflito, sem medo de titubear
Beberia todas as alegrias como se fora ontem, como se fosse voltar
Do grito, que estamos soltos no meio de tantas vidas
São favelas humanas de desesperados a nosso respeito, a quem culpo.
Quisera que seu “eu” do futuro viesse te mostrar?
O quanto sofres à toa, o quanto chuva te molhas absorto
O quanto se preocupou com o dia seguinte
O quanto tremeu seu fígado com o medo da morte,,, que sorte
Nunca ninguém virá dizer que foram passos leves, breves e sadios
Que foram horas e não dias a espera de sua amada..
Nem o quanto andou morto, cansado até o pescoço,
O quanto que morou moço no meio do nada, apaziguada, em iras perdidas?
Ninguém mais voltou para contar, assim como ninguém voltou
Para nos salvar..
Viva a triste alegria e a felicidade bandida, arredia que te escapa pelas mãos
As redes que balançam nossos dias, horários, e manhãs de verão..
Vira a fome ardente que corre dentro do teu sexo me arrancar dos dias vazios?
Cenário e enredo dos nossos beijos, palco e fato, inteiro?
Amargo. Todo amargo. E esse cheiro cheio de vento.
Desse medo que me para frente a ti.
Onde a verdade é só um segredo…
E a mentira, o que restou.
CCSS 2010